Porque em geral, cervejas artesanais podem ser classificadas como cervejas naturais. Isso porque são produzidas apenas com ingredientes naturais, o malte, um cereal, o lúpulo, uma planta, a água, a levedura ou fermento e dependendo do estilo, especiarias e frutas. Mas e aquela de sempre, do mercado, do churrascão? Não, aquela é uma cerveja quase artificial e eu te conto porque.
Pra começar, nossa legislação permite a substituição de até 45% do malte por outra fonte de açúcar (o malte fornece açúcar nobre pra fermentação acontecer) e a grande indústria opta pelo uso de um ingrediente chamado “high maltose”, uma espécie de xarope superconcentrado extraído do milho. Seria como o açúcar de cana refinado, que não é um ingrediente artificial (chegaremos lá), mas não é dos mais saudáveis. E a grande indústria usa isso, porque é muito mais barato do que o malte, mas não traz cor nem sabor pra cerveja, só serve pra gerar álcool, e cá entre nós, eles não estão muito preocupados em oferecer um produto saboroso e isso deveria te preocupar.
Pois bem, além dessa substituição do malte por um açúcar de menor qualidade, há nas grandes indústrias um processo de aceleração da fermentação e maturação da cerveja, que deveria ficar no mínimo 20 dias em produção, mas esse pessoal consegue diminuir pra 7 dias, porque precisam liberar espaço nos tanques, e pra fazer isso usam artifícios. Por exemplo, para evitar a formação de espuma durante a fermentação, o que é natural do processo, utilizam “polidimetilsiloxano” e fazem isso pra ter mais espaço no tanque e lucrar mais. Sinistro né? Mas tem
“Não bastasse isso, algumas cervejas levam corante. Isso mesmo, corante. Aquela “cerveja preta” comum por exemplo, é escurecida com “corante caramelo IV”, o mesmo da coca-cola, por isso ela é tão adocicada. Enquanto uma cerveja escura de verdade, é feita com maltes tostados e torrados, ingredientes naturais.”
mais, por usar pouca quantidade de malte e principalmente de lúpulo, que tem propriedades antioxidantes e estabilizantes, precisam usar “ascorbato de sódio”, “sulfito de potássio” entre outros, a lista é grande. E o pior, isso não precisa ser declarado no rótulo, você vai ler apenas “antioxidante INS 315” e “estabilizante INS 405” ou coisa do tipo.
Não bastasse isso, algumas cervejas levam corante. Isso mesmo, corante. Aquela “cerveja preta” comum por exemplo, é escurecida com “corante caramelo IV”, o mesmo da coca-cola, por isso ela é tão adocicada. Enquanto uma cerveja escura de verdade, é feita com maltes tostados e torrados, ingredientes naturais. A propósito, dependendo da cerveja, até mesmo a “tipo pilsen” leva um pouco de corante, porque quem dá cor na cerveja é o malte, mas quando se substitui 45% dele, é preciso corrigir a coloração pra chegar naquele tom amarelo-palha. Por esses motivos, é muito mais saudável consumir cervejas artesanais, porque normalmente não usam esse tipo de artimanha e respeitam o consumidor. Leia um rótulo de uma cerveja artesanal e de uma comum e verá. Beber boas cervejas é uma questão de qualidade de vida. Agora escolha uma cerveja de verdade e divirta-se.
Saúde!
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